quarta-feira, 6 de abril de 2011

Caos e candura

De repente olho para trás e do nada idealizo um futuro alternativo com um passado que poderia ter sido perfeito.
Ilusões são criadas, assim como o próprio tempo é uma.
Sabe, não consigo viver com o conceito de tempo que a maioria das pessoas têm;Infelizmente!
Queria projetar um futuro legal, ter um passado ruim para esquecer, mas eu só consigo viver o presente. Meu conceito de tempo é tão estranho. Junto o passado e o futuro e os vivo hoje, tudo de uma vez e isso dói,machuca.
Acho que poucas pessoas conseguem entender como é viver carregando uma vida inteira em um só momento. A oscilação entre alegria e tristeza é grande demais, intensa demais.
Vivo alegremente com a esperança de poder viver bons momentos com pessoas legais; vivo com a tristeza de ter que conviver um momento eterno com cicatrizes feitas por algumas pessoas que nunca pensaram no meu bem; Vivo vendo o mundo planejar, realizar, conquistar, esquecer, mudar, envelhecer, tentando matar o tempo pra no final o tempo o vencer.

Por isso não confio no tempo, ele te dá boas coisas com uma pequena colher de chá e no final ele tira de tudo de você com uma concha de feijão.

Por isso vivo não vivendo a confiar nele. Apenas vivo; sigo entre caos e candura.
Quando começa a se tornar impossível viver com tudo isso de uma só vez, de repente olho para trás e crio uma pequena ilusão, conscientemente.
Carrego esse fardo. Não escolhi ser assim, mas sou.
A parte boa disso tudo é que no final serei atemporal.

Um comentário:

  1. Poooooooorteeeees, rs

    você falou tanto de mim nesse post.
    que belo! *-*

    lembrei de um trecho que escrevi certo dia no meu blog:

    "Você já sentiu presa no tempo? Nas horas sufocantes que parece não passar? pressa.
    Você já sentiu saudade de ter saudade? pressa...
    Surge um desejo momentâneo. Quero lançar-me naquela terra seca do sitio antigo de minha vó, devorar aquelas jabuticabas diretas do pé(...)
    Não é nostalgia. Eu quero o presente com gosto bom do que já experimentei. E quando penso em todas essas coisas, consigo sorrir e encantar.
    Eu não preciso! Porque precisar é tão resumido, tão breve. Eu dilato, estendo as minhas mãos a amplitude. E ao que me eterniza. Contemplo."

    o PRESENTE.

    Continue encantando com palavras.

    Abraços, Bruh!

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