sexta-feira, 8 de abril de 2011

Caminhar . . .

Velhos passos numa nova direção...
Assim que me sinto hoje: renovado, apesar de destruído e vice-versa!
Queria não mudar, queria não dizer que ganhei experiência, queria que tudo fosse simples...
Mas mudei, ganhei experiência e descobri que tudo o que é simples eu complico.
Já que a vida é assim, vou fingir que desse jeito é melhor e que precisava passar por tudo o que passei para ser quem sou hoje, quem sabe assim, de tanto eu pensar, isso não venha a fazer parte da minha realidade?
É bem difícil assumir a culpa da não permanencia no caminho em que antes se estava; “sem depressões, liso e perfeito”! Ainda mais não estando diante de um juiz[não?]. Tá, tá, eu assumo: A culpa é minha, eu fiz minhas escolhas!(gritos imaginários)
Por favor, tudo que quero agora é um chocolate e um pouco de paciência, em dose friamente calculada.
Tantas opções, tantas placas, não sei por onde ir, nem sei por onde recomeçar...
É, vou caminhar...
Qualquer dia quem sabe eu possa te acompanhar e pedir ‘um café e um amor, quentes' à Caio ?

3 comentários:

  1. "...Para exercitar o ritual e a fé resolvi chamar a atenção de Deus para algumas coisas, e para pedir, mesmo em vão, porque pedir não só é bom, mas às vezes é o que se pode fazer quando tudo vai mal. 'Queria pedir a Deus um olho bom sobre o planeta. Um olho quente sobre o mendigo gelado; um olho generoso para a noiva radiosa mais acima, as loiras oxigenadas, falsíssimas. O olho piedoso para esses casais que comem pizza com fanta, e mal se olham enquanto falam. Derrama teu olho amável sobre as criancinhas demônias criadas em edifícios – nesses lugares onde um ser humano vai-se tornando aos poucos tão humano quanto uma mesa. Passeia teu olhar fatigado pela cidade suja. Coloca um spot brilhante no caminho das garotas que para pagar o aluguel dão duro como garçonetes. Olha pela multidão, pelo motorista que confessa não ter mais esperança. Cuida do pintor que queria pintar, mas gasta seu talento pelas agências publicitárias. Olha por todos aqueles que queriam ser outra coisa qualquer a que não são, e viver outra vida que não a que vivem. Sobre todos que de alguma forma não deram certo (porque, nesse esquema, é sujo dar certo), sobre todos que continuam tentando por razão nenhuma – sobre esses que sobrevivem a cada dia ao naufrágio de uma por uma das ilusões. Para nós, que nos esforçamos tanto e sangramos todo dia sem desistir, envia teu Sol mais luminosos. Sorri, e abençoa essa nossa amorosa miséria atarantada'...Porque fé quando não se tem, se inventa..."

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  2. esquci de falar que é do Caio Fernado =)

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  3. Portes, oi...voltei. rs


    As vezes é difícil caminhar, por que neles há tantas escolhas pra arranhar os pensamentos, tantos sonhos para se rever, tantas conseqüências para acontecer..Parece tão simples o ato de andar, colocar os pés no chão e seguir, para alguns até pode ser fácil, para outros pode ser um limite insuportável entre o ser e o chão, e para outros mais pode ser cômodo se contentar, sem movimento algum.


    Um dia eu escrevi:


    "Eu deveria levantar desse sofá, mas sinto que aqui vou ficar melhor. Não passa nenhum programa televisivo que preste. A alienação humana dos horários políticos já invadiu a sala, acho que me contaminei. Eu ainda embirro em ficar aqui acomodada em meus lençóis. Estou tentando fechar os olhos para não ver as imagens reais do mundo aqui fora. Mas olho aqui dentro e vejo que está ainda pior. Será que “auto parasitei”? Será que subtrai a vida que me foi proposta?
    Só sei que não consigo sentir força alguma, ainda assim me hospedo inteiramente aqui sem ter função. Será que o tempo vai me dar mais tempo para eu continuar degenerando?
    Que sonolência! Acho que vou dormir de novo pra ver se acordo.
    Acho que vou morrer para ver se amanheço borboleta, pelo menos ela tem ar de esperança e elo com a natureza. Pelo menos ela move, enquanto eu imóvel me ridicularizo. Quem disse que eu não posso voar sendo ser humano?
    Neste instante eu pude pensar ao remeter as coisas simples da vida. E toda imobilidade não passou de um pesadelo instalado. Há tempo de curar esse organismo morto e produzir existência. Basta colocar os chinelos e andar. É Movimento que gera circulação de vida e esperança."


    Te encanto minhas palavras e tu nesta manhã em que acordo borboleta me encantas com a tua inspiração.Eita, que circulação de vida e esperança boa é essa que a poesia/vida nos trás.

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